Tingir tecidos é uma arte milenar, quase tão antiga quanto a origem dos tecidos.
Na civilização antiga, os tecidos eram de origem animal (lã e seda) ou vegetal( linho, algodão). Seu tingimento da mesma forma se dava com produtos derivados de plantas, insetos, ou minerais. Atualmente desfrutamos de tecidos de origem vegetal, animal e também sintética. As fibras sintéticas desenvolvidas no período pós-guerra devido à escassez de materiais naturais, conquistaram espaço na industria têxtil, como o Nylon e a Lycra. Mais recentemente temos à nossa disposição tecidos inteligentes usando conceitos de nanotecnologia.
O tingimento da mesma forma acompanhou o desenvolvimento têxtil. Antes feito à base de materiais naturais, hoje temos corantes químicos, que fornecem um leque de cores, mais resistentes à luz, às lavagens e ao tempo.
Na antiguidade, os tecidos tingidos pertenciam às camadas mais favorecidas das sociedades. Com o passar dos tempos, a industrialização dos materiais e dos métodos de tingimento proporcionaram produtos com custos mais acessíveis.
Não posso deixar de mencionar que a industria têxtil é uma das maiores poluidoras do meio ambiente. Tanto o tingimento natural, onde se faz necessário o uso de mordentes, quanto o tingimento químico, onde são utilizados produtos à base de metais pesados, fosfatos, entre outros, nocivos à saúde e ao ambiente.
Os métodos de tingimento foram sendo aprimorados com o passar dos tempos. Na década de 1960 tornou-se popular com o movimento hippie, o famoso “Tye Dye” (amarrar e tingir). Uma forma de obter lindas estampas monocromáticas ou coloridas. Persiste até hoje, e é muito usado no vestuário e decoração.
Muitas técnicas de tingimento são conhecidas, tornando infinitas possibilidades de estampas, cores e combinações. Tecidos tingidos artesanalmente são muito valorizados no vestuário, artigos de decoração, bem como na arte têxtil.
Pretendo aos poucos descrever aqui, alguns métodos de tingimento com os quais tenho experiência.
Seja feliz!!!